sexta-feira, 15 de março de 2013

A VISÃO E A DEFICIÊNCIA VISUAL


A VISÃO E A DEFICIÊNCIA VISUAL


A visão é o mais complexo e mais precioso dos sentidos, visto que é o canal mais importante de relacionamento do indivíduo com o mundo exterior, pois lhe fornece, ao mesmo tempo, informações relativas à cor, forma, distância, posicionamento de objetos e pessoas. Portanto, trata-se de um meio de grande estímulo ao desenvolvimento integral da criança, promovendo sua percepção do mundo, conquistando seu espaço e relacionando-se com o mesmo, criando assim seu vocabulário corporal. Tal como a audição, que capta registros próximos ou distantes e permite organizar, no nível cerebral, as informações trazidas pelos outros órgãos dos sentidos.
Estudos disponibilizados pelo MEC (BRASIL, 2002) nos cadernos Pedagógicos, sobre a deficiência visual, revelam que enxergar não é uma habilidade inata, ou seja, ao nascer ainda não sabemos enxergar: é preciso aprender a ver. Não é um processo consciente. Embora nem pensemos nisso, estamos ensinando um bebê a enxergar  quando, ao carrega-lo no colo vamos mostrando-lhe o mundo, identificando objetos, pessoas, lugares.
O desenvolvimento das funções visuais ocorre nos primeiros anos de vida. Graças a testes de acuidade visual recentemente desenvolvido, hoje é possível fazer a avaliação funcional da visão de um recém-nascido, ainda no berçário, o chamado teste do olhinho.
A capacidade visual do ser humano tem seu desenvolvimento contínuo e progressivo nos primeiros anos de vida, alcançando sua plenitude em torno dos 5 aos 6 anos. Torna-se fundamental a observação atenta das primeiras semanas de vida do bebê, visto que cada a cada semana pode-se observar a evolução das funções visuais.
Na segunda semana de vida, o bebê movimenta os olhos independentemente de objetos, mas ainda é um movimento desordenado, pisca ao estímulo luminoso e tem, nesse momento, boa visão periférica. Na terceira semana já fixa os olhos nas coisas que o cercam. A partir da sexta semana  os olhos se mexem na linha mediana do corpo e, aos dois meses, já olha para baixo e para cima, tem fixação momentânea, há boa coordenação dos olhos e responde efetivamente a estímulos. Aos três meses o reflexo da visão está bem desenvolvido, segue objetos e esforça-se para manter a imagem na área macular. Já aos quatro meses coordena os dois olhinhos, usa a visão para localizar pessoas e objetos, associa a fixação ocular e os movimentos das mãos. A criança deve ser estimulada a ver, a perceber diferentes cores, luzes, detalhes nos ambientes. Além da visão, utiliza-se de todos os outros sentidos para desvendar o mundo.
Diehl (2006, p.62) afirma que “a criança privada de capacidade de enxergar sente curiosidade e procura satisfazê-la. Porém, em vez de utilizar a visão sua atenção será desviada para o som, servindo-se da audição para desvendar sua cinestesia espacial”. Sendo assim, a visão constitui o mais importante sistema-guia do indivíduo, pois cerca de 8% das informações nos chegam por meio dela. Assim, os cegos precisam recorrer a outros tipos de sistemas-guia, como por exemplo, o tato, o olfato e principalmente a audição.
De acordo com Diehl (2006), quando a criança tem resquício visual, a família e a escola devem procurar aproveitar o máximo de sua possibilidade de percepção visual, focando sua atenção não no déficit, na perda visual, mas nas potencialidades, buscando meios de estimulação que permitam o desenvolvimento e a inserção produtiva na família, na escola e na sociedade.





quarta-feira, 13 de março de 2013

TECNOLOGIA ASSISTIVA






TECNOLOGIA ASSISTIVA


TECNOLOGIA ASSISTIVA: É a variedade de recursos destinados a dar suporte (mecânico, eletrônico, computadorizado, etc.) a pessoas com deficiência física, auditiva, mental ou multiplica. Esses suportes podem ser, por exemplo, uma cadeira de rodas {...}, uma prótese, uma órtose, e uma série infindável de adaptações, aparelhos e equipamentos nas mais diversas áreas de necessidade pessoal (comunicação, alimentação, transporte, educação, lazer, esporte, elemento arquitetônico e outros).

CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS DE TECNOLOGIA ASSISTIVA
       
CLASSIFICAÇÃO
                             
EXEMPLOS

Elementos arquitetônicos
Barras de apoio em paredes, vasos sanitários, fechaduras, torneiras, rampas, elevadores, pisos, etc.

Elementos sensoriais
Recursos ópticos, auditivos, sistema de comunicação alternativa ou complementar, aparelho de amplificação sonora, etc.

Computadores

Hardware e software

Controles ambientais
Acionadores para cortinas, acionadores para diminuir ou aumentar luminosidade, acionadores para TV e som, etc.

Vida independente
Adaptações para alimentação, vestuário adaptado, dispositivo para auxiliar na higiene pessoal.

Mobilidade
Carros adaptados, carrinhos especiais, andadores, bengalas, muletas, cadeiras de rodas, etc.

Próteses e órteses

Abdutor de joelhos, perna mecânica, etc.
Recreação, lazer esporte.
Brinquedos, equipamentos para recreação e lazer, pesca etc.

Mobiliário modificado


Mesas, cadeiras, camas, etc.
Serviços de tecnologia assistiva
Serviços de agência de empregos.

Os recursos pedagógicos apresentados pela tecnologia assistiva podem ser considerados como ajuda ou apoio técnico a ser implementado individualmente e com objetivos definidos, que devem ser traçados após avaliação da equipe de multiprofissionais (ortopedista, fisioterapeuta, terapeuta ocupacionais e profissionais especializados da educação, entre outros) que buscam a superação de barreiras de comunicação, mobilidade e apoio escolar.

ADAPTAÇÕES PARA AMBIENTES INCLUSIVOS

Sobre o ambiente físico
·        Remova os perigos;
·        Crie mais espaços de trabalho;
·        Demarque espaços para guardar equipamentos;
·        Utilize e reorganize móveis de forma acessível;
·        Alargue corredores;
·        Use suporte para posicionamento físico;
·        Mude os apoios das cadeiras. 
    
      Sobre as atividades e sua execução
·        Permita mais tempo para completar as tarefas;
·        Abrevie as atividades;
·        Crie um programa flexível;
·        Eleja tutores e convoque familiares para ajudar;
·        Providencie lápis grossos e prenda a folha de tarefas;
·        Procure gravar tarefas e peça que um colega faça cópia usando papel carbono.

sábado, 2 de março de 2013

EDUCAÇÃO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA FÍSICA

Um programa educacional para a pessoa com deficiência física requer profissionais conscientes preparados cientificamente e com experiência prática necessária para o atendimento individual e coletivo dessa população. Ao se organizar uma proposta de atendimento,  deve-se observar seu diagnóstico e assegurar-se de como age uma criança com lesão cerebral, tendo o cuidado de entender que apesar de diagnósticos idênticos,cada  criança tem seu quadro funcional diferenciado, resultante de fatores ambientais ou sociais.
O atendimento educacional da criança  com deficiência física requer adaptações e recursos específicos pela condição motora e pelas reações involuntárias que apresentam ai serem movidos. A criança espástica tem como característica a rigidez, e se o manuseio for inadequado, essa rigidez se tornará mais evidente. A criança atáxica, por seus movimentos voluntários e constantes, provoca mudanças de tônus e perde facilmente o equilíbrio, o que a torna mais insegura desencadeando outros movimentos voluntários. O trabalho com a criança paralisada deve ser realizado calmamente, expressando oralmente cada atividade proposta, dessa forma ela participa de seu aprendizado cooperando e auxiliando no trabalho a ser desenvolvido.
considerando as dificuldades motoras e em alguns casos as cognitivas, o atendimento a essas crianças deve iniciar-se o mais cedo possível. O atendimento em programas de estimulação precoce deve ocorrer até o sexto mês de vida, levando em conta a teoria da plasticidade neuronal, nesta fase o cérebro tem maiores probabilidades de desenvolvimento.
Pelo surgimento de novas sinapses, o cérebro se organiza e responde a estimulação na idade inicial. No momento, apesar de contarmos coma ajuda da plasticidade neuronal, a criança com disfunção motora ainda apresenta limitações para explorar seu meio ambiente, consequentemente o deficit sensorial está presente e diretamente relacionado com o deficit perceptual e cognitivo.
ao pensarmos em desenvolvimento cognitivo, precisamos alçar objetivos a serem alcançados. O primeiro passo para o processo de ensino consiste na avaliação inicial da criança. Ela indicará as reais necessidades e sinalizará os recursos necessários para o processo de ensino. 

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Integração e Inclusão Educacional

A inclusão considera  a criação de condições e possibilidades para que as pessoas com necessidades educacionais especiais possam realmente usufruir da comunidade, ao mesmo tempo que tenham suas singularidades respeitadas.
O paradigma da educação inclusiva compreende que toda criança tem direito à educação e que os seus limites e possibilidades devem ser respeitados. Assim como possuem possibilidades e recursos de comunicação, interesses, habilidades, necessidades de aprendizagem singulares, trajetórias de vida ricas e significativas, têm o direito de se beneficiar dos serviços e da atenção ofertados na escola comum ou na escola especial, independentemente das dificuldades ou diferenças que elas possam apresentar. a ideia que permeia essa questão é a dos direitos humanos, da autodeterminação, do apoio entre pares, do empoderamento, do direito de correr riscos e de se integrar à sociedade.
O principal objetivo do processo inclusivo é fazer com que todas as pessoas com deficiência alcancem a independência, a autonomia e a responsabilidade e, por consequência empoderem-se de sua própria vida.